terça-feira, 6 de outubro de 2009

IBM oferece jogo para simulação ITIL

A IBM lançou o Service Management Simulator, uma ferramenta que usa um mecanismo inovador, ensinando aos participantes através da simulação os conceitos do ITIL em um ambiente representado pela sala de controle de uma empresa e propõe como desafio o gerenciamento de serviços da mesma.

São aplicados na prática os conceitos, iniciativas e terminologias ITSM, sendo que os participantes tornam-se os responsáveis pela geração de resultados positivos na simulação, seguindo os Processos de Gerenciamento de Serviços.




O jogo tem um ambiente empresarial e oferece uma experiência diferente não só para quem quer obter uma certificação ITIL, mas também para quem está na indústria de Gerenciamento de Serviços.

O site só oferece a aplicação no idioma inglês e o acesso pode ser realizado sem custo algum. Faz-se necessário realizar o registro para obter o acesso.
Recomenda-se possuir conhecimentos prévios a respeito de:

  • ITIL® V2 Foundation, ITIL® V3 Foundation, ou ITIL® V3 Foundation Bridge.

Objetivos do simulador:

  • Acelerar o aprendizado das melhores práticas, ITIL® V3 e ITIL® V2, rumo a ISO/IEC20000;
  • Obter sucesso nas iniciativas ITSM dentro das Organizações;
  • Praticar e aprender o ciclo de vida do Serviço passando pelas fases (Service Strategy, Service ;
  • Design, Service Transition, Service Operation, Continual Service Improvement);
  • Promover uma rápida e sólida mudança cultural nas Organizações;
  • Estabelecer um programa prático em Gerenciamento de Serviços;
  • Aprendizagem efetiva através da experiência prática nos processos e seus relacionamentos para o Gerenciamento do Serviço.

O Service Management Simulator mantém uma dinâmica interativa entre a TI e o Negócio na perspectiva estratégica e operacional. A estrutura da simulação procura refletir o Ciclo de Vida do Serviço com base no ITIL® versão 3 representado pelas seguintes fases:

Fase 1 Definindo a estratégia de um novo Serviço;
(Mercado, Portfolio e Catálogo de Serviços, Estratégia de recursos e execução)

Fase 2 Desenhando o Serviço;
(Catálogo de Serviço de Negócio e Operacional, Gerenciamento de Nível de Serviço, Capacidade, Disponibilidade, Continuidade dos Serviços de TI, ISM, Fornecedores)

Fase 3 Estruturando um plano de transição para o Serviço;
(Gerenciamento de Mudanças, SACM, Release and Deployment Management, Validação e teste do Serviço, Avaliação e Knowledge Management)

Fase 4 Selecionando os dados para a Melhoria Contínua do Serviço (CSI) e iniciando a operação;


Nível 1 - Problemas de comunicação e “chaos” iniciam o Service Desk e Gerenciamento de Incidentes.


Nível 2 - Melhorando o processo de Gerenciamento de Incidentes. Introduzindo o processo de Gerenciamento de Problemas, base de conhecimento e análise de tendências.


Nível 3 - Exercitando ITSM passo a passo...

  • Aumentando a maturidade dos registros de Incidentes;
  • Gerenciando a Base de Conhecimento;
  • Gerenciando os processos de Mudanças e Liberações;
  • Atendendo a novos Requisitos de Níveis de Serviço;
  • Implementando o processo de Gerenciamento da Continuidade dos Serviços de TI;
  • Gerenciando a Capacidade e Disponibilidade do Serviço;
  • Desafio Financeiro dos Recursos e Serviços de TI;
  • Mantendo os Acordos de Níveis de Serviço.


Nível 4 - ITSM em tempo Real...

  • Aplicando todos os conhecimentos, exercitando o relacionamento entre os processos em tempo real, aumentando a maturidade ITSM e trazendo benefícios para o Negócio.

Link para a ferramenta: http://www-01.ibm.com/software/tivoli/features/sm-simulator/
Acessado em: 03/10/2009.

Planejamento Estratégico de TI e BSC de TI



PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO DA TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO (PETI)

O planejamento estratégico das organizações privadas e públicas deve ser complementado pelo planejamento de sistemas de informação, conhecimentos e informática. Esse planejamento também pode ser chamado de Planejamento Estratégico da Tecnologia da Informação (Peti).
Ambos os planejamentos devem ser integrados e alinhados (REZENDE, 2003).
Os conceitos de inteligência empresarial ou organizacional estão intimamente relacionados com o planejamento de sistemas de informação, conhecimentos e informática.
Esses conceitos devem estar presentes nesse planejamento para que as organizações procurem exercitar a inteligência empresarial ou organizacional. As organizações, para serem inteligentes, precisam disponibilizar produtos de qualidade, praticar bom atendimento, adequar sua política de venda e preços aos clientes, cumprir prazos predefinidos e estar atentas às mutações do mercado.
Essas exigências forçam as organizações a reverem seus valores comerciais, humanos e tecnológicos, o que, por si só, não garante as principais metas organizacionais e a inteligência empresarial ou organizacional. Esses valores merecem atenção especial das organizações com sua análise estratégica e seu planejamento efetivo, envolvendo toda a organização, principalmente no que tange à adoção da TI e respectivos recursos com o objetivo de alcançar estas metas.
O ambiente competitivo e a globalização influenciam o posicionamento estratégico dos negócios da organização. Esse posicionamento pode-se comportar de três formas: a tecnologia da informação suportar as operações da organização, mas não estar estrategicamente integrada a ela; a tecnologia da informação suportar as estratégias, mas não participar da concepção e com seu potencial; e a tecnologia da informação fazer parte integral de todas as estratégias organizacionais, inclusive as relacionadas a produtos, serviços, clientes, fornecedores, distribuidores etc. (PARSONS, 1983; JOHNSTON; CARRICO, 1988).
Essas questões relatadas, que envolvem os fatores de sobrevivência e sucesso das organizações, justificam que os sistemas de informação, os sistemas de conhecimentos e a informática ou tecnologia da informação sejam planejados, adequados e adaptados com flexibilidade e efetividade (TAPSCOTT; CASTON, 1993; MARKUS; BENJAMIN, 1997).
O planejamento estratégico da organização e o planejamento dos sistemas de informação, dos sistemas de conhecimentos e da informática ou tecnologia da informação devem estar integrados, ou seja, com as estratégias alinhadas e com sinergia entre si.
Os objetivos e as estratégias da organização direcionam o planejamento dos sistemas de informação, dos sistemas de conhecimentos e da tecnologia da informação (Psici) ou Peti. O Psici ou Peti, quando integrados, também subsidiam a elaboração dos objetivos e das estratégias da organização que a disponibilizarão de informações e conhecimentos.
O Psici ou Peti basicamente planejará os sistemas de informação (SI operacionais, gerenciais e estratégicos), os sistemas de conhecimentos (SC). A partir desses sistemas, se organizará a necessidade da informática ou tecnologia da informação (TI) e seus recursos (hardware, software, sistemas de telecomunicações e gestão de dados e informações) juntamente com a definição dos perfis das pessoas ou dos recursos humanos (PERFTL RH) coerentes com as propostas da organização.





BSC de TI e COBIT


O desenvolvimento de Mapas estratégicos e Balanced Scorecards para as unidades de serviço criam condições para que as empresas promovam a geração de valor adicional pela corporação, por meio do alinhamento dos objetivos referentes a clientes, processos e aprendizado, e crescimento dessas unidades com os das unidades de negócio. (KAPLAN & NORTON, 2006).



Figura 1 – Exemplo de BSC

Em uma abordagem top-down, como recomenda Kaplan & Norton (2000), é possível se relacionar os objetivos estratégicos da seguinte forma:

A diminuição dos custos de propriedade e o retorno do capital investido garantem que a área demonstre seu alinhamento e compromisso com as áreas de negócio e a corporação, por isto são colocados no topo desta tabela.

Segundo Magalhães & Pinheiro (2007), essencialmente o alinhamento das estratégias significa aderência dos investimentos em TI em face do valor que eles agregam aos negócios de uma instituição.

Figura 2 – Exemplo de BSC para TI – Perspectivas



Para que estes objetivos sejam alcançados é necessário que os custos com a interrupção de serviços ou com a indisponibilidade dos mesmos sejam mitigados e que haja melhoria de processos.

A existência dos acordos de nível de serviço permite o entendimento das necessidades das áreas usuárias e a discussão dos custos e ações de melhoria em TI relacionadas a este. O SLA não irá evitar a interrupção de um serviço, mas sim forçar que os termos para evitar tais incidentes sejam discutidos e que a área cliente não possua expectativas maiores que o serviço contratado.

Um canal de comunicação amigável e confiável permite que o feedback dos serviços chegue à TI e que os incidentes sejam tratados rapidamente. Ele aproxima os usuários da TI e permite que a proposta de valor a estes seja cumprida e monitorada.

A satisfação dos usuários é chave para o negócio e a evidência do cumprimento da proposta de valor.

Impacto nas áreas de negócio, como já foi reportado, causa prejuízos às áreas de negócio e deve ser evitado por meio de usuários capacitados que dominem os recursos tecnológicos e estejam atentos aos números retornados pela demanda de atendimento.

Caso seja verificado que determinado problema ocorre com freqüência ou com algum padrão ele deve ser analisado e melhorado para evitar recorrências.

A qualidade e a excelência no atendimento determinarão a percepção dos usuários com os serviços de TI. Será também a garantia de que os SLAs serão cumpridos e monitorados para que, caso haja alteração no aspecto do serviço, como demanda, por exemplo, estes sejam revistos.

Capacitação dos funcionários e demanda de atendimento é a base para a “pirâmide” do mapa estratégico. O monitoramento da demanda de atendimento fornece suporte para a ação pró-ativa de TI, seja através da melhoria de processos de negócio ou com a identificação de problemas que causam impactos nas áreas usuárias.

Por ser TI uma área predominantemente técnica, a capacitação dos funcionários irá garantir o domínio de ferramentas e técnicas que suportam e melhoram o negócio. A capacitação fomenta a melhoria do atendimento e a diminuição ou solução mais ágil dos problemas em produção.

Para que este alinhamento seja bem sucedido, TI deve tomar o cuidado de prestar atenção à estratégia da organização e das áreas parceiras, buscando a sinergia necessária para a obtenção de resultados conjuntos. Esta sinergia é obtida com a construção de seu BSC, mesclando os objetivos das demais unidades estratégicas e os da corporação, e pela celebração de acordos de nível de serviço, que protejam ambas as partes envolvidas.

Com TI sendo uma área de apoio, que suporta e auxilia seus parceiros na conclusão de sua estratégia, o mapeamento de causa e efeito entre objetivos demonstra o valor gerado por esta área e como seu trabalho procura alavancar a estratégia de seus parceiros.

Figura 3 - BSC de TI : Perspectivas e Identificação junto ao COBIT



Referencia Bibliográfica

KAPLAN, Robert S. & NORTON, David P. Alinhamento: usando o Balanced Scorecard para criar sinergias corporativas. Rio de Janeiro: Editora Campus/Elsevier, 2006. 335 p.

MAGALHÃES, Ivan Luizio & PINHEIRO, Walfrido Brito. Gerenciamento de Serviços de TI na Prática – Uma abordagem com base na ITIL. São Paulo: Novatec Editora, 2007. 667p.

PARSONS, G. L. Information technology: a new competitive weapon. Sloan Management
Review, v 1, n° 25, p. 3-14, Fall 1983.

TAPSCOTT, D. Economia digital. São Paulo: Makron Books, 1997.
___________; CASTON, A. Paradigm shift: the new promisse of information technology. New York: McGraw-Hill, 1993.

REZENDE, D. A. Engenharia de software e sistemas de informação. Rio de Janeiro:
Brasport, 1999.
_________. Tecnologia da informação integrada à inteligência empresarial: alinhamento estratégico e análise da prática nas organizações. São Paulo: Atlas, 2002.
_________. Planejamento de Sistemas de Informação e Informática. São Paulo: Atlas, 2003.
_________; ABREU, A. E. Tecnologia da informação aplicada a sistemas de informação empresariais: o papel estratégico da informação e dos sistemas de informação nas empresas. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2003.

WEILL, Peter & ROSS, Jeanne W. Governança de TI – Tecnologia da Informação. São Paulo: M Books do Brasil Editora Ltda, 2006. 276 p.

Operation Leadership - Resumo

Operation Leadership
General Peter Schoomaker sees a new world of crisis and conflict that requires "creative solutions in ambiguous circumstances." His assignment: the recruitment and training of a new kind of problem-solving, combat-ready "warrior diplomat".
By: Eli Cohen and Noel Tichy

Resumo do artigo Operation – Leadership, de Eli Cohen e Noel Tichy.

O artigo relata uma organização militar dos Estados Unidos, o SOF – Special Operations Forces para ilustrar algumas situações vividas pelo General Peter Schoomaker, os autores abordam a necessidade de soluções criativas em situações ambíguas em um cenário mundial em crise e em conflito. Na avaliação do General existe a necessidade de recrutamento e treinamento de um novo perfil de guerreiro: o "guerreiro diplomata", ao mesmo tempo solucionador de problemas e, pronto para o combate.

Segundo os autores, o meio militar segue por padrão uma filosofia hierárquica rígida, onde oficiais superiores delegam ordens aos subalternos que as obedecem e executam de forma inquestionável. Porém, de acordo com o General Schoomaker, comandante do Comando de Operações Especiais dos Estados Unidos (entre Novembro de 1997 e Outubro de 2000) esse é um modelo ultrapassado, ineficiente e perigoso de liderança.

O General Schoomaker entende os desafios de adaptar-se a um novo cenário. O fim da Guerra Fria marcou uma nova era para o Comando das Forças Especiais que teve que reavaliar sua missão, identidade e prática. Antes eram responsáveis por executar as mais complexas missões militares, agora se vêem envolvidos em tensões étnicas, ações de ajuda humanitárias e resgate de cidadãos americanos capturados pelo mundo.

Com isso os lideres do Comando de Operações Especiais encaram um desafio em selecionar, treinar e desenvolver suas unidades de modo a responder as seguintes questões:

  • Como criar uma equipe de pessoas as quais possam gerar resultados a qualquer instante e em qualquer lugar?
  • Como criar uma organização de 46.000 membros, onde todos estão dispostos a salvar vidas civis e se necessário tirar a vida de inimigos?

Segundo o General Schoomaker e grande parte dos lideres formadores do Comando de Operações Especiais, prover um sofisticado arsenal métodos e testes de ensino, que juntos geram como resultado uma nova versão de uma organização militar antiga, em todos os níveis da organização.

Dê foco em sua missão, defina sua identidade

General Schoomaker alerta para o fato do Comando de Operações Especiais serem sempre focados na missão, porém lembra que agora a missão mudou e que ele teve que desenvolver novas capacidades para cumprir suas missões.
Atualmente, os membros do Comando de Operações Especiais se vêem como "guerreiros diplomatas" e "profissionais tranqüilos” - termos que descrevem como SOF realiza sua nova missão.
Hoje, a SOF está operando mais na tradição de Sun Tzu, com abordagem mais indireta.


Entre outros tópicos relevantes, o general Schoomaker enfatiza:

  • Escolha as pessoas certas, construa a equipe certa
  • Para ser um líder, demonstre liderança
  • Ensine as pessoas como pensar, não o que pensar
  • Valores Essenciais mantém a classe unida
  • Ação direcionada é o caminho certo para aprender
  • Faça com que todos sejam professores

Com estas perspectivas e direcionamentos foi possível a re-invenção da SOF, começando pelo alto escalão e abrangendo toda a organização.

Link para acesso ao artigo: http://www.fastcompany.com/magazine/27/operation.html
Acesso em 27.08.2009 às 20:00.